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28 de fevereiro de 2007

Fado das Águias

Ó águia que vais tão alta
Por essas serras além
Leva-me aos céus onde eu tenho
A alma da minha mãe

As lágrimas que eu chorei
Leva-mas porque são puras
São as preces que eu rezei
Com saudades e ternura



José Afonso
Fados de Coimbra” – 1953

“Num recente e excelente livro sobre Alfredo Marceneiro, escrito pelo neto do fadista – Vítor Duarte – é publicada uma letra de Henrique Rêgo, grande poeta popular, que escreveu muitos dos fados de Marceneiro – um deles, “Oh! Águia” e que integra a seguinte sextilha (cantada pelo ti Alfredo com a música do Fado Bacalhau):

Oh águia que vais tão alto
Num voar vertiginoso
Por essas terras d’além

Leva-me ao céu, onde tenhas
Estrela da minha vida
Alma da minha mãe

É notória a semelhança com a primeira quadra do “Fado das Águias”. Terá sido adaptação de José Afonso? E como é que o Zeca conheceu esta poesia de Henrique Rêgo, escrita por volta de 1920?”
in “libreto” do CD “De Capa e Batina” de 1996

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